Dizem que quem vê uma baleia perde o direito de pensar pequeno.
A imagem do mamífero remete qualquer um ao mundo distante, com cenário de sonhos, das histórias de marinheiros, seja literatura juvenil, seja enredo de filme, ou metáforas bíblicas na reflexão de Jonas.
Os olhos custam a acreditar na cena do borrifo soprado pelas narinas, que para muitos parece não existir de verdade, equivocadamente guardada na memória junto com dinossauros, fadas e mil milhas submarinas. Mas é tudo verdade: as baleias estão aqui. E em número maior a cada ano! A notícia é boa e mostra que as baleias francas estão cada vez mais à vontade no litoral catarinense e confirmando que o Imbituba virou uma imensa maternidade.
A exibição mais espetacular fica a cargo dos filhotes que, como qualquer criança, pulam em volta da mãe, se esbaldam de barriga para o sol, sacodem a cauda e as nadadeiras peitorais para fora d'água e, em momentos de euforia explícita, premiam os observadores com saltos e acrobacias aéreas. Observar esse início de convivência entre mãe e filhote é particularmente gratificante.. Entre os cetáceos, a baleia franca é a espécie que mais se aproxima do litoral, chegando às vezes até a rebentação das ondas, nas praias, ou a poucos metros dos rochedos, nos costões.
Diferente dos monstros retratados e descritos por contadores de história, a baleia franca é um animal dócil, que não abocanha peixes grandes nem marujos. Quando está em águas brasileiras, nem mesmo come, vive das reservas de gordura acumuladas nos meses de verão. Ao se alimentar, na Antártica, nada lentamente com a boca aberta e expõe as barbatanas internas, que funcionam como filtro ao captar o alimento próximo da superfície da água. Seletiva, ela prefere o krill e outros pequenos organismos marinhos.
Em águas brasileiras, as baleias às vezes são flagradas de boca aberta, porém acredita-se que esse comportamento esteja relacionado à necessidade de termo-regulação. O animal procura diminuir a temperatura do corpo expondo o tecido ricamente irrigado do céu da boca. Um momento de rara beleza, nada ameaçador.. Na verdade, em 400 anos de confronto com o arpão, elas sempre foram às vítimas.Durante muito tempo, inclusive, a espécie também foi chamada de baleia 'certa', por ser a ideal para matar: curiosa, pouco ou nada arisca, e fácil de ser avistada e alcançada no mar, ela se tornou a presa preferencial dos baleeiros.
Hoje, a baleia franca é Monumento Natural do Estado de Santa Catarina e a maioria das pessoas já percebe que uma baleia vale muito mais viva do que morta. Ainda é possível a um ou a poucos cidadãos fazer muito, mas muito mesmo, pela Natureza nesse País. Desde que se tenha determinação. Ainda há muito por fazer, as baleias estão longe de estar salvas em definitivo. O turismo de observação é uma ferramenta importante de conscientização, preservação e conservação.
Salvem as Baleias, divulgue, propague.
Elas agradecem.
Quem conhece Ama
Quem ama Preserva
Divulgar é preservar.
Baleias dão show no litoral de Santa Catarina
Conforme estatísticas do Projeto Baleia Franca, somente nas últimas duas semanas foram mais de 200 observações da espécie em águas catarinenses. São esperadas cerca de cem baleias em 2010, de acordo com informações da equipe. Leia mais...
AVISTAGEM DE BALEIAS EM IMBITUBA
Trilhas, Baleias e Golfinhos
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Parabens pelo site, é um prazer estar nesse espaço. Pretendo reunir uns amigos e ver isso de perto. Saudações, Carmen Lúcia.
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